sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Mais nada a oferecer

Nino exauriu seus dotes. Deu todos a Celeste.
Começou pelos sonhos, compartilhados ao longo dos anos de relacionamento.
Alguns nas noites frias, outros ao reflexo da luz da lua - em noites quentes de verão.
Celestre retribuiu. Levou Nino a lugares por ele desconhecidos.
Juras de amor e promessas de futuro foram aos poucos acontecendo.
O relacionamento foi moldado ao estilo "até que a morte os separe".
Ambos ignoraram o já desgastado ditado "a valsa pode não parecer tão atraente para um dos dois dançar... alguém pode querer parar primeiro..."
Mas um dia aconteceu.
Celeste pisou no pé de Nino - e doeu.
Nino tentou ditar o novo ritmo da dança. Porém, não havia mais promessas a sussurar ao pé do ouvido de Celeste.
Os sonhos ainda são os mesmos, assim como as possibilidades de concretiza-los.
Talvez Celeste esperasse mais - ou até merecesse mais.
O caráter não é tão atrativo a longo prazo. Ou, talvez, os sonhos de Celeste já não são os mesmos.

Nino

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