sábado, 9 de janeiro de 2010

Contemplando o lago - Fernando Pessoa



 Contemplo o lago mudo
Que uma brisa estremece.
Não sei se penso em tudo
Ou se tudo me esquece.

O lago nada me diz,
Não sinto a brisa mexê-lo
Não sei se sou feliz
Nem se desejo sê-lo.

Trêmulos vincos risonhos
Na água adormecida
Por que fiz eu dos sonhos
A minha única vida?

(Fernando Pessoa)


A saudade aumenta com o passar dos dias. Minha criatividade já não suporta a ausência; e falha.
Não que eu, Nino, seja um poeta. Se as palavras as vezes faltam a estes, o que dirá da minha limitada capacidade?

Nino

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