sábado, 26 de dezembro de 2009
Nino, por Celeste:
Você é assistir futebol europeu o domingo inteiro, e fazer cafuné na cobra cor-de-rosa ao mesmo tempo.
Você é lombrigar aos finais de semana.
Você é ficar feliz com coisas simples (principalmente com os bolos de Celeste).
Você é ajudar os outros.
Você é ser rabugento nas horas vagas.
Você é ficar carente todos os dias.
Você é brigar com Celeste toda vez que ela se atrasa (principalmente na hora de pegar carona)
Você é o pé "fidido".
Você é o "barrigão".
Você é chegar mais cedo nos compromissos.
Você é querer ler livros de economia nas férias.
Você é não querer beber e ficar com dor de estômago quando o faz.
Você é reclamar quando Celeste quer ir à boate ou ao centro da cidade fazer compras.
Você é palpitar toda vez que Celeste dirige.
Você é dar comida pros cachorros e querer passear com eles.
Você é tomar banho quando acorda.
Você é preocupar-se com os dentes.
Você é fazer massaginha na Celeste.
Você é ser dedicado,responsável e inteligente.
Você é ser racional, mas também emocional, pra alegria de Celeste.
Você é bigar quando precisa.
Você é sinceridade.
Você é amar, sempre...
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
O Rio de Janeiro...
A tristeza vem do contraste. Nem mesmo a famosíssima praia de Copacabana consegue escapar.
Celeste já não está rosa. Está com a pele dourada - da cor do pecado.
Aproveito enquanto os dias frios de janeiro não chegam.
Nino
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
A viagem do jovem casal
Celeste não carregava malas, apenas as preparava - e demorava horas fazendo isso.
Volta e meia irritava-se com a iminência da viagem, agravante para o serviço citado.
A mala dela era o dobro da dele. Nino riu.
Não tinha a menor ideia porque uma cobra levaria tantos adereços.
Talvez fosse um excesso de filtro solar. Celeste possuia uma vasta área para aplicá-lo.
Nino depois percebeu que o Rio não era seu único destino e entristeceu.
Separar-se-iam por um breve tempo.
As malas de Celeste estavam repletas de casacos, pouco úteis no verão tupiniquim.
Ela iria para o velho continente.
Lá as cobras não eram grandes, mas tinham estilo de sobra: vestiam Dolce & Gabana e Versace.
E a paisagem... seria o triste branco dos flocos de neve.
Ai que saudade!
Nino
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Eis a gravidade, indiferente ao indivíduo
Ao ver esta imagem, logo pensei se a gravidade esta aí para todos.
Dois pedaços de pão-de-forma fugindo arduamente do metal escaldante da torradeira.
Sabe-se lá se alguma das torradas não aguentou e rumou ao ar primeiro. A outra torrada irá pular também? Irá esperar o seu limite? Ou ambas pularam juntas?
Prefiro torrada com manteiga. Margarina agrada menos. Quando faço torrada, faço as duas com manteiga. Faço muitas vezes numa chapa quente. Creio que os pães-de-forma não optam se o ardor vem da chama do fogão ou do metal aquecido da torradeira. Calor é calor e, invariavelmente, os pães sairão por desistência.
O problema da torradeira é a gravidade. Da torradeira não, dos pães.
Nino
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Os defeitos de Celeste
Celeste tinha três defeitos.
Dois eram suportáveis.
O terceiro era o temperamento.
Nada anormal para uma cobra, sobretudo, rosa.
O primeiro era a gula.
Cobra que se preze está sempre faminta.
Mas o gosto de celeste era refinado.
Queria chocolate de grife.
O segundo era a preguiça.
Domingo e ócio são semanticamente iguais.
Ainda mais depois de comer.
Hum! Barriga cheia dá uma preguiça.
É melhor mal mencionar o terceiro.
Celeste não seria uma cobra sem ele.
Rosa não seria sua cor.
Eis o que torna Celeste única.
Nino